Por: @julianobragausa (Instagram, Facebook, Youtube)
Por muito tempo escutamos que a fraca atuação de alguns jogadores do Flamengo se devia a ausência da torcida para empurrar o time, ou mesmo cobrar o time em campo. No entanto, ficou provado no jogo diante do Athlético-PR de 27/10/2021, que a culpa nunca foi da ausência da torcida.
Já era de se esperar que o Athlético -PR iria entrar em campo cheio de energia e motivação diante de um fragilizado Flamengo tendo em vista os recentes resultados negativos. Quanto mais que valia uma vaga para a final da Copa do Brasil e vencer este jogo seria um grande feito para o Athlético-PR.
Mesmo assim, o técnico Renato, resolveu iniciar a partida com jogadores que notadamente vem apresentando lentidão em campo. Os mais velozes e com mais energia, ficaram no banco.
Aos 9 minutos, o primeiro gol do Athlético-PR surgiu após falha visível de Diego no meio campo e penalti marcado contra o Flamengo. O jogo seguiu sem que o Flamengo conseguisse furar a defesa adversária.
Enquanto isso os valiosos jogadores do Flamengo que são “selecionáveis” pareciam não dar tanta importância assim ao jogo como os adversários, colocando pouca energia e evitando divididas diante de um Athlético-PR altamente pilhado.
Aos 52 do primeiro tempo (já nos acréscimos), o Athlético-PR marcou mais uma vez. Os times foram para o intervalo com o placar de 2 a 0 para o Athlético-PR.
O jogo recomeçou com Michael entrando no lugar de Diego e o jogo parecia que iria mudar de figura, pois Michael começou a imprimir uma gigante velocidade em campo e por 20 minutos o Flamengo parecia outro time em campo e com a torcida apoiando, acreditando e empurrando o time para uma possível virada. Mas os demais jogadores do Flamengo em campo não conseguiram acompanhar o rítimo de Michael e somente aos 20 minutos do segundo tempo, com o Athlético-PR ainda na vantagem de 2 gols é que o técnico Renato começou a fazer mais substituições e colocar em campo jogadores com maior energia, com substituições aos 21 (saída de Felipe Luis para entrada de Ramon), aos 30 (Vitinho no lugar de Everton Ribeiro) e (Matheuzinho no lugar de Isla), e aos 32 (Sai William Arão e entrou Kenedy) renovando o time. No entanto o Athlético-PR, também fez suas modificações e posicionando o seu time de forma totalmente defensiva. A pressão do Flamengo foi infrutífera, uma vez que o Athlético se defendia com 5 zagueiros. Enquanto isso, no Flamengo, os jogadores de seleção pareciam não dar importância ao jogo, colocando pouca energia e evitando divididas diante de um Athlético-PR pilhado. Já perto do final, a torcida flamenguista começa a manifestar sua frustração, percebendo que o time havia entrado no jogo com o time errado e que a vantagem aberta no primeiro tempo não seria fácil de reverter pois o adversário estava todo fechado e vendo que o Flamengo não conseguia virar. O Athlético-PR teve ainda um jogador expulso aos 35 mas ainda conseguiu marcar o terceiro gol aos 43. A torcida se revoltou e começou a gritar pelo “Mister” e criticar Renato. Após este péssimo resultado, Renato teria colocado seu cargo a disposição da Diretoria e segundo noticiado, a diretoria não aceitou. O Athlético-PR provocou o Flamengo dizendo com ironia que o gramado sintético fez a diferença em alusão ao jogo passado.
Uma coisa fica bem clara: a falta de desempenho do time, já não pode mais ser atribuída à ausência de torcida em campo e nem o tipo de gramado.
Foto em destaque: Marcelo Cortes / Flamengo