Em entrevista, Maldonado afirma: ”Isla vai contribuir muito para o Flamengo”.

Por: Matheus Aquino

O FLA Total entrevistou, nesta última terça-feira (25), Claudio Maldonado, ex- jogador do Flamengo. Na conversa, o chileno comentou o seu atual momento no futebol, a passagem como auxiliar técnico do CSA e a parceria com Maurício Barbieri, e as expectativas com Mauricio Isla, nova contratação do Rubro-Negro carioca.

Maldonado foi contratado pelo Flamengo em agosto de 2009, após ter jogado pelo Fenerbahçe, da Turquia. No clube, o chileno chegou para assumir a posição de xerife, visto que Fábio Luciano, até então capitão do time, saíra meses antes. Ao todo, foram 82 partidas pelo Mengão e apenas um gol marcado. No entanto, o volante ficou marcado pela raça e vontade em campo, consagrando-se como um dos maiores ídolos estrangeiros da história do Mais Querido.

A princípio, Maldonado relatou o seu início como técnico de futebol. Ainda que não fosse o comandante, o chileno esteve como auxiliar de Maurício Barbieri, ex- técnico do Flamengo. No CSA, a dupla ficou pouco mais de três meses.

”Esse ano começou bem, eu tava de auxiliar do Maurício Barbieri, no comecinho do ano, e depois a gente acabou saindo, depois de três meses, mais ou menos. E depois começou essa pandemia e estou aqui me preparando. Continuo estudando, continuo me preparando, esperando uma nova oportunidade para ser treinador, para trabalhar”, contou.

”Olha, a gente (Maurício Barbieri e Maldonado) se conhecia apenas pelos cursos da CBF, a CBF Academy, a gente tinha feito os dois últimos módulos da licença pro e no último módulo, em dezembro do ano passado, a gente conversou um pouco mais, do que pensávamos para o futuro, mas eu nunca tinha tido contato pessoal com ele, não o conhecia pessoalmente. E foi ali no curso que a gente conversou a conversar mais, trocar experiências. E no final de dezembro, veio o convite dele para ser o auxiliar dele. Ele ia assumir o CSA e foi um convite muito gratificante. Eu tinha acompanhado o trabalho dele no Flamengo, sabia que ele era um excelente profissional, então fiquei muito feliz pelo convite dele e ajudar nesse tempo no CSA”, relatou.

“A gente se conhecia somente pelo curso de treinadores da CBF, fizemos os dois últimos módulos e no último módulo, dezembro do ano passado, a gente conversou um pouco mais sobre o que pensávamos para o futuro. Eu nunca tive contato com ele, não conhecia pessoalmente e foi no curso que a gente começou a conversar, trocar ideias, experiencias. Logo depois, no final de dezembro, veio o convite dele para ser auxiliar, ele ia assumir o CSA. Foi um convite muito gratificante. Eu tinha acompanhado o trabalho dele no Flamengo, sabia que era um ótimo profissional e fiquei muito feliz com o convite“, disse.

Por outro lado, Maldonado contou que, após o término dos módulos de ensino da CBF Academy, ele fez estágio com Felipão, até então técnico do Palmeiras, e posteriormente com Jorge Sampaoli, ex- técnico do Santos.

“Quando eu saí do último módulo, eu fui fazer estágio, primeiro com o Felipão. Fiquei uns dois meses lá acompanhando os treinos no Palmeiras. Depois, como eu tinha tempo ainda, eu decidi acompanhar os treinos do Sampaoli no Santos. Para mim foi muito bom, ele é muito competitivo, cresceu muito e tenho um respeito muito grande por ele que foi campeão da Copa América com o Chile”, confessou.

Sobre Maurício Isla, Maldonado elogiou a contratação do lateral-direito. Destacou o fato de ele ser uma das principais peças da atual geração chilena, bi campeã da Copa América. Além disso, elogiou Marcos Braz pela aquisição do jogador.

“Isla é peça fundamental para essa geração dourada do Chile, é um cara muito respeitado. Bicampeão da América. Ele tem crescido muito, a carreira dele foi toda feita na Europa, no Chile ele quase não jogou, ele tem muita experiência. Eu acho que ele vai contribuir muito para o Flamengo. Acredito que ele tem qualidade, capacidade de encarar esse desafio e a tranquilidade para encarar o desafio porque não é fácil jogar no Flamengo ainda mais chegar para ocupar a vaga do Rafinha, que é um grande jogador, de muita qualidade, muito respeitado. A responsabilidade é grande, mas ele tem toda a possibilidade de desempenhar um grande trabalho”, afirmou.

Perguntado se tinha conversado com Mauricio Isla a respeito do Flamengo, Maldonado disse não ter falado com o lateral sobre a ida para o Mengão.

”Não cheguei a conversar com ele. A última vez que nos encontramos foi no ano passado, no Chile, numa convocação que eles tiveram para a seleção, encontrei com ele, conversamos muito rápido, também do Fenerbahçe, das coisas que aconteciam lá. Mas não cheguei a conversar com ele. Com certeza Marcos Braz tomou uma boa decisão, porque ele é um jogador muito respeitado no Chile e um baita cara, de muita qualidade, com certeza vai ser de muita ajuda para o Flamengo”, disse.

Por fim, Maldonado afirmou que Isla, por mais que seja um jogador reservado, tem espírito de líder, principalmente pela experiência que tem consigo, de mais de 13 anos de futebol europeu. Por outro lado, ao ser questionado sobre o trabalho de Domènec Torrent, o chileno disse ser difícil implantar método de jogo e trazer resultados positivos em pouco tempo, além dos jogos serem a cada dois, três dias.

”Ele tem espírito de liderança. Ele é um jogador mais reservado, a gente sabe disso, mas ele tem muita força muito grande, até pela experiência que ele adquiriu durante a carreira. Ele vai agregar muito ao time do Flamengo. O time do Flamengo é um belíssimo time, de grandes jogadores. Mas, acredito que o Isla vai se encaixar perfeitamente nesse espírito que estavam procurando”.


“É muito difícil, você não tem tempo para treinar o time, de passar a ideia que você tem de jogo. Acaba acontecendo isso, às vezes o resultado não vem como o esperado, as peças não se encaixam e isso faz parte do Campeonato brasileiro, você não tem tempo para treinar, você tem que ir jogo a jogo, jogando com o que você tem o que melhor. Os times estão sofrendo muito com lesões, também pelo tempo que você fica parado e isso atrapalha muito o treinador. É difícil, não só para o Domènec mas para todos aqui no Brasil, pela quantidade de jogos que tem aqui como Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores o time não para, a cada dois três dias está jogando, e isso dificulta muito o trabalho. Eu acho que tem que ter paciência, ele tem muita experiência, trabalhou com os melhores, tem que ter paciência para ver até onde ele pode acrescentar para o time do Flamengo”, finalizou

Foto Destaque: Divulgação / Flamengo

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