Por: Matheus Aquino
Nesta quinta-feira (20), o Fla Total entrevistou o Anjinho, torcedor ilustre do Flamengo. No bate papo, o símbolo da arquibancada do Mais Querido contou como a ideia surgiu, os seus rituais durante os jogos e o atual momento do clube.
Marcelo Nuba, mais conhecido por Anjinho, é o idealizador de um dos principais personagens símbolos das arquibancadas do Flamengo. Na entrevista, o aficionado pelo Flamengo contou como tudo começou e como tem sido até os dias atuais. Hoje, a figura do Anjo se transformou em fonte de renda para o carioca de 42 anos. Antes dos jogos, ele costuma vender diversos produtos, entre eles: camisetas, adesivos, revistas, chaveiros etc.
De onde surgiu a ideia de se fantasiar como Anjo? E como é para você, ser um dos torcedores mais ilustres e conhecidos da arquibancada do Flamengo?
”Tudo começou numa brincadeira no Cordão do Bola Preta, no Carnaval de 2002. Jamais imaginaria que papai do céu ia me dar uma peruca, um óculos, uma asa e uma bata, pra acompanhar minha paixão, que é o Clube de Regatas do Flamengo. Foi uma das maiores emoções que tive na minha vida, que é de estar conectado com a Nação Rubro-Negra, onde eu fui recebido com tapete vermelho na antiga geral do Maracanã. E conexão única, não só com a Nação, mas também com os próprios jogadores. E dali comecei a ser empreendedor do meu produto. Criei inúmeras situações para poder acompanhar e dar continuidade da minha paixão, do Clube de Regatas do Flamengo. Já vendi imã de geladeira, chaveiro, copo, camisa etc. Infinitas coisas na porta dos estádios, do Maracanã, na porta da gávea, quanto estádio fora também. Não sou funcionário do Flamengo, sou empreendedor do meu próprio produto, que é o Anjinho Rubro-Negro’’, relatou.
Qual foi o seu principal momento, o grande jogo em que você esteve presente, que mais te emocionou?
‘’Uma das coisas mais marcantes, foi o jogo mais marcante de todo o Rubro-Negro dessa geração pra cá, que foi o jogo em Lima, que essa final entrou para a história, né? Foi uma final épica e eu tive a honra de estar lá, de acompanhar o nosso Flamengo e eu tive uma emoção gigante. Lima virou Lima – Rio de Janeiro. Carga máxima de rubro-negras, a maior invasão de todos os tempos em Lima. Sensacional. Depois eu tive também a experiência em Doha, que foi muito boa também, no Mundial. Por um detalhe a gente não conquistou e eu tenho absoluta que a gente ainda volta esse ano, e aí a gente pode pegar o Bayern ou Paris Saint-Germain. Confio muito’’, disse.
Na arquibancada, você costuma fazer algum ritual antes, durante ou depois do jogo? Em lances de perigo? Conta um pouco.
‘’Meu ritual nos jogos do Flamengo é carga máxima sempre, sempre com o meu terço, com a minha arruda, para dar tudo certo para o nosso Flamengo. Não tem outro jeito, não tem outro caminho. Flamengo é diferente de tudo. Fé na luta sempre. Para o Flamengo, nada é impossível’’, contou.
O que você espera do Domènec Torrent? Acredita que esse mal momento também passa por ele? E o quanto a falta da torcida tem influenciado no rendimento da equipe?
A gente ainda tem que dar muito equilíbrio, muita fé e acreditar nesse trabalho do Domènec, que tá recebendo pressão. Faz parte, jogar no Flamengo é para poucos. Dirigir o Clube de Regatas do Flamengo é para poucos. E vamos ver se ele consegue conquistar essa vitória contra o Botafogo. Tem uma semana de trabalho para poder dar a continuidade no legado que o JJ deixou Domènec Torrent tem que ter muita tranquilidade nesse trabalho pra a gente poder superar todo esse lado emocional que estamos vivendo devido a pandemia e devido de estar fora (torcida) dos estádios, né? Da Nação não estar jogando junto nesse momento. E aí temos que nos adaptar, em tempo recorde, através das redes sociais. Todo mundo muito conectado e a gente levando carga máxima de energia positiva para o nosso Clube de Regatas do Flamengo’’, finalizou.
Foto Destaque: Divulgação / André Hawk / Rodrigo Tolentino / Flamengo